Orquídeas Raras

Conheça um pouco sobre as mais belas Orquídeas Raras

A rara orquídea brasileira: Cattleya Walkeriana:

Cattleya Walkeriana

A Cattleya walkeriana é considerada a orquídea mais perfeita que existe graças ao equilíbrio e simetria de suas formas. Não à toa, um exemplar premiado de Cattleya walkeriana pode ser vendido por mais de R$ 1.000,00 e alguns dos cruzamentos que essa espécie proporciona passam fácil dos R$ 3.000,00, como é o caso da famosa Cattleya walkeriana “Feiticeira”.

Brasileira, essa espécie foi descoberta por George Gardner, em 1839, vegetando nos galhos de árvores à margem de um riacho afluente do Rio São Francisco, em Minas Gerais. Seu nome homenageia Edward Walker, assistente que acompanhou o botânico durante dois anos nas viagens pelo Brasil. Mundialmente conhecida e apreciada, a Cattleya walkeriana também pode ser encontrada em ambientes selvagens nos estados de Goiás, Mato Grosso e São Paulo, sempre próxima a rios, lagos ou pântanos. Suas flores, grandes se comparadas às demais Cattleya, podem enfeitar um ambiente por vários dias, especialmente nos meses de abril, maio e junho.

Um dos atrativos mais marcantes dessa espécie de orquídea é sua fragrância peculiar, que lembra o aroma de canela. A variedade de cores também chama atenção, rendendo-lhe nomes diferentes, com destaque ao lilás, branco (alba), branco com labelo lilás (semialba), azulado (designada caerulea) e lilás com riscos púrpuras (chamada flamea).

Como é o cultivo em residências da orquídea Cattleya Walkeriana:

Por seu porte pequeno, essa espécie se adapta muito bem ao cultivo em ambiente interno, desde que tenha boas condições de umidade e iluminação – ajeite-a no peitoril de uma janela, por exemplo, protegido por uma cortina translúcida, evitando o sol forte da tarde. O ideal é que a temperatura média fique entre 25º e 35ºC durante o dia e entre 20º e 30ºC à noite.

Por ser uma orquídea epífita (que cresce sobre árvores), a Cattleya Walkeriana prefere um substrato bem arejado. Há muitas opções além da mistura básica de casca de pínus, chips de coco e pedacinhos de carvão: isopor picado, casca de arroz carbonizada, caroços de açaí, cavacos de madeira (as espécies Mimosa caesalpiniafolia e Anandenanthera columbrina vêm sendo usada com sucesso como substrato alternativo). A casca de arroz carbonizada, aliás, oferece silício, um nutriente que ajuda a proteger a orquídea de pragas e doenças.

Vasos indicados para Cattleya Walkeriana e formas de rega:

Entre os vasos mais usados estão o de barro (com ou sem furos laterais) e a caixa de madeira. Nos dois casos, há uma perda constante de água para o ambiente, muito saudável para a Cattleya, mas que exige cuidados contra o ressecamento e a desidratação. Para quebrar o ambiente seco dentro de casa, vale a pena colocar o vaso em cima de um prato com água e pedriscos, estrutura que vai ajudar a manter umidade no substrato sem encharcar as raízes.

Como a orquídea costuma morrer por falta de regas – e não por excesso, como muitos pensam –, atente para que todo o substrato receba água. Uma forma simples de molhar a Cattleya walkeriana que está em vaso de barro é mergulhá-la num balde com água e deixá-la ali por meia hora, escorrendo em seguida. Se a planta estiver bem enraizada, em clima quente e seco, repita o processo a cada dois ou três dias. Dependendo das circunstâncias, esse intervalo pode se esticar por mais dias. Caso sua orquídea esteja plantada em árvore, borrife-a diariamente.

Como adubar a Cattleya Walkeriana:

A adubação deve ser realizada semanalmente com NPK 20-20-20 até que os caules grossos (pseudobulbos) estejam no tamanho adulto. Assim que eles atingirem a maturidade, suspenda o adubo (não as regas) e só retome ao final da floração. Isso evita que algumas plantas percam os botões ou simplesmente deixem de florescer. Segue abaixo a 2º orquídea rara.

 

A Orquídea Sapatinho:

É uma flor de crescimento monopodial, com tamanho de até 15cm de folhas estreitas e flexíveis, com a nervura central bem marcada.

As flores de 6×9 cm tem formato exótico, onde o labelo tem o formato de um queixo ou sapato, sendo conhecidas como queixuda ou sapatinho, por essa razão os colecionadores desta espécie intitulam-se de sapateiros.

As flores são solitárias, ficando em longas hastes de 15 cm e permanecem assim por longo tempo, até mais de 20 dias.

Floresce da primavera até o verão, dependendo da região. Um grande número de espécies são encontradas e fazem grande sucesso em exposições e floriculturas.

Como cultivar a Orquídea Sapatinho:

Necessitam de cultivo em ripados com sombreamento em torno de 50% e toleram temperaturas que podem ir de 10 a 30ºC, o que nos dá a possibilidade de cultivar este gênero em todo o país.

O substrato de cultivo deve ser bem poroso. Apesar de terrestre, o solo mineral comum não deve ser usado pois tende a compactar e impedir as raízes de crescerem e respirarem. Coloque no fundo do vaso pedriscos ou brita, depois casca de coco e de pínus que foram deixados dentro d’água para saturar e deixe escorrer antes de colocar no vaso. Também coloque sfagno, um musgo seco usados pelos floristas. Esta orquídea não possui pseudobulbo e caule e portanto não tem como armazenar água, por isto necessita que se mantenha o substrato bem poroso, levemente úmido, não encharcado.

Se cultivada dentro de casa e não num ripado, a conveniência de manter o substrato e o ambiente úmido pode ser feito colocando uma esponja úmida no prato sob o vaso. Muitos preferem colocar pedrinhas mantidas com um pouco de água, mas sem que o fundo do vaso fique mergulhado nela. Um problema em tempos de combate a dengue. Pode também ser regada com mais frequência em estações mais quentes e secas.

Para adubar esta planta não é preciso muita manutenção, pois tem lento crescimento e não necessita de grande quantidade de nutrientes. Um adubo granulado dissolvido em água (1 colherinha de chá para 2 litros de água), poderá borrifar as folhas e o substrato, a cada 3 meses durante o período vegetativo e 1 vez por semana no mês que antecede a floração.

É uma orquídea fácil de cultivar e, mesmo sem flores, sua folhagem é atrativa, constituindo em um belo adorno para cultivo em sacadas e ambientes internos com luminosidade.

 

Orquídeas exóticas e raras

Caladenia melanema (conhecida como orquídea bailarina por causa de seu formato), Dracula Símia (popularmente chamada de orquídea cara de macaco), Caleana Major, Anguloa Uniflora, Grammatophyllum Speciosum (também conhecida como orquídea tigre), Habenaria Grandifloriformis, (suas flores parecem anjos voando), e a Habenaria radiata (suas pétalas fazem com que a flor pareça uma garça de asas abertas).

A orquídea azul:

Considerando que não existe na natureza, a cor azul para orquídeas resta a pergunta: Por que as revistas começaram a falar de orquídeas azuis?

Atualmente existem dois processos de manipulação de cor que transformam orquídeas brancas em azuis, um deles é a técnica de infusão da cor na semente; um dos tipos de orquídea Azul que hoje é comercializada no Brasil surgiu como resultado de um processo de manipulação química onde ocorre a injeção de tinta azul em orquídeas brancas. A substância azul é injetada antes da semente germinar e é absorvida graça a raiz de superfície esponjosa. Essa técnica foi inventada pelo engenheiro agrônomo Marcos Alexandre. As flores de coloração azulada são produzidas em seu sítio em Holambra. A cor azul pode variar dependendo do processo (algumas flores podem apresentar um tom mais claro de azul do que outras). O preço médio de uma dessas orquídeas manipuladas é de R$ 350,00.

O outro processo é conhecido como ‘Orquídea Blue Mystic’. Essa foi desenvolvida nos Estados Unidas, com uma técnica parecida com a descrita acima. A diferença é que a infusão da cor azul é aplicada no caule. A substância azul não é tóxica e respeita os termos ambientalistas. As flores desabrocham em azul ( a tonalidade vai depender da absorção de cada planta). Há de se observar que as florações subsequentes poderão ser brancas.

Como cuidar de uma Orquídea Azul:

A orquídea azul requer cuidados especiais. Para cultivá-las você deve observar:

A quantidade de água: as orquídeas devem ser regadas de 1 a 3 vezes por semana. O melhor horário para a rega é no período da manhã. A água deve ser mineral ou de poço. Nos dias mais quentes é recomendado borrifar água sobre o corpo da planta, mas sem excesso.

A floração: Cada variedade de orquídea azul determina a duração de suas flores. A durabilidade média é de 30 dias.

A luminosidade: Se possível, procure colocar sua orquídeas próximas às janelas e áreas de boa circulação de ar. Ela não deve ser exposta a calor e a sol extremo, portanto o ideal é colocá-las no sol apenas no primeiro horário da manhã ou no final da tarde.

A Orquídea Vanda:

A Vanda é uma orquídea de origem asiática, costuma ser encontradas em regiões pantanosas, semelhante a mangues, onde, mesmo quando não chove, a umidade do ar é muito alta. Pelas características dessa região é fácil imaginar qual o ambiente ideal para ela: calor, muita luz, ventilação, água e muita umidade. Em condições ideais, pode florescer até quatro vezes por ano.

Suas flores duraram cerca de 30 dias e se apresentam nas cores amarelo, laranja, vermelho, rosa e arroxeada. Ainda quanto a flor, há muitas variações de tamanho e algumas delas podem ser cobertas com manchas ou listras.

Se sua planta não está florindo, fique atento, pois alguma coisa estará errada. Pode ser por pouca água, pouca luminosidade ou falta de adubação.

Se uma orquídea adulta, bem enraizada, com folhas de igual dimensão do topo à base, que está em clima adequado (temperaturas maiores que 18 graus), não florescer, é porque faltou iluminação ou/e rega constante ou/e adubação. Uma Vanda sem boas condições pode até florescer, mas sua haste será curta, com menos flores e de menor tamanho.

Cuidados com a orquídea Vanda:

Essa orquídea aprecia bastante água direto nas raízes, mas não gosta de ficar molhada muito tempo, e isso, pode causar o apodrecimento das raízes, o que levará a sua morte. Você pode molhá-la uma ou duas vezes no dia, sempre no início da manhã e/ou no final da tarde. É aconselhado nos dias de calor intenso, além de intensificar a rega para duas vezes no dia, molhar o chão onde sua planta fica, pois aumentará a umidade do ar. A perca das folhas de baixo (próximas as raízes), é sinal de falta de água, o que pode causar a morte da planta.

A Vanda gosta de climas quentes e não suporta temperaturas muito baixas. Em temperatura inferior a 15 graus, pode entrar em estado de repouso ou estagnação por vários meses, ou seja, não vai crescer e nem dar flores. Se a temperatura atingir 30 graus ou mais, mantenha o chão bem molhado, para aumentar a umidade relativa do ar ao redor dela. Ela suportará a temperatura alta sem problemas, contanto que haja umidade no ambiente.

A flor deve ser colocada num local onde local onde receba luz direta do sol do início da manhã e no final da tarde. É importante que a iluminação seja filtrada nas horas de sol mais forte.

Orquídea cara de macaco:

A orquídea cara-de-macaco fazia parte do enorme gênero Masdevallia, muito conhecida e apreciada por orquidófilos principalmente por sua tendência à raridade, já que são endêmicas de florestas de altitude e muito úmidas. Coube ao botânico Hugo Gunckel Luer (1901-1997) a descoberta e classificação dessa espécie em particular, graças a diversas peculiaridades.

As três sépalas da orquídea cara-de-macaco alongam-se em grandes e pontiagudos esporões, que lembrou ao botânico os dentes de um vampiro. Mais surpreendente é o interior da flor, que emula à perfeição a face de um mico-leão-dourado, com olhos, nariz, boca e juba características do pequeno símio.

O nome científico desta orquídea passou a ser Dracula Simia desde 1978. Espécies oriundas da natureza não resistem em qualquer ambiente, pois são aclimatadas em florestas localizadas entre 1000 e 2000 metros, principalmente no Peru e no Equador. O crescimento da orquídea cara-de-macaco é chamado de cespitoso porque as flores formam uma pequena touceira.