Tome precauções agora para impedir que este fungo marreie flores do inverno
Uma doença fúngica que afeta muitos tipos diferentes de plantas herbáceas e lenhosas, a botrytis atinge durante climas frios e úmidos em áreas onde a circulação do ar é deficiente. Nas orquídeas, a doença, causada por Botrytis cinerea, causa má coloração marrom das flores. O fungo afeta mais frequentemente Phalaenopsis e Cattleyas, mas pode ser encontrado em uma ampla gama de gêneros de orquídeas. As flores mais antigas são altamente suscetíveis à infecção.
Ciclo da vida
O fungo inverte principalmente em material vegetal morto e moribundo, e começa a produzir e dispersar esporos durante o clima frio e úmido na primavera ou no outono. Condições úmidas, umidade que aumenta rapidamente ou plantas infectadas podem liberar esporos na área de cultivo circundante. Esporos podem ser distribuídos por vento, chuva ou qualquer ação mecânica. Temperaturas de meados dos anos 60 até baixas temperaturas dos anos 70 (18-23 C), e superfícies de plantas molhadas ou umidade ambiente de pelo menos 92%, são condições ideais. O fungo pode proliferar muito rapidamente, infectando tecido vegetal saudável em apenas 14 horas.
Sintomas
Botrytis se manifesta como pequenas manchas castanhas necróticas em flores de orquídeas. Essas manchas podem aumentar em tamanho e número à medida que a infecção progride e podem ser cercadas por uma margem rosa pálida. Em infecções graves, as manchas podem coalescer e o crescimento micelar fúngico (micélio) pode se tornar visível.
Prevenção
A melhor forma de controle para botrytis é a prevenção, que envolve sanitização, circulação de ar e rega cuidadosa.
Saneamento
Inspecione a área de cultivo em busca de condições favoráveis à botrytis. À medida que esse patógeno prospera e inverte o material das plantas mortas e moribundas, remova quaisquer restos de plantas, flores ou folhas caídas e gastas da área de cultivo para reduzir a possibilidade de espalhar o fungo. Alguns produtores recomendam a remoção e descarte de todas as flores afetadas para ajudar a prevenir a disseminação do fungo e até queimar ou enterrar o tecido vegetal afetado.
Circulação
Mantenha bastante ar fresco circulando pela área de cultivo e ao redor das plantas o tempo todo. Um ambiente estagnado e úmido com circulação de ar inadequada promove o crescimento de botrítis. Boa circulação de ar é uma necessidade para evitar infecções fúngicas durante todo o ano, mas principalmente quando as plantas estão em flor. Aumentar a temperatura ambiente e o movimento do ar e diminuir a umidade durante o tempo frio e úmido ajudará a eliminar qualquer excesso de umidade no tecido da planta, minimizando assim as chances de infecção. Na maioria das áreas, as orquídeas cultivadas ao ar livre já possuem o movimento de ar necessário em seu ambiente.
Rega
Quando regar, evite molhar a planta e suas flores, se possível. A água que permanece nas pétalas ou nas folhas depois de uma chuva ou rega estimula o crescimento dos fungos. Regar no início do dia ajuda a garantir que a planta e suas flores estarão secas ao anoitecer. Nunca permita que flores ou folhagem permaneçam úmidos durante a noite.
Plantas companheiras podem hospedar uma variedade de pragas e doenças que também afetam as orquídeas, incluindo botrytis. Inspecione quaisquer plantas companheiras na área de cultivo em busca de sinais do fungo. Algumas plantas suscetíveis a botrytis incluem violetas africanas, amarílis, lírio amazônico, azáleas, begônias, cactos, caládio, lírio, camélias, mamona, crisântemos, cinerárias, coleus, cornflowers, dálias, dracaenas, moleiros empoeirados, fetos, figueiras, fúcsia , gardênias, gloxinias, heliotrópio, maracujá e poinsétias.
Por fim, isole as plantas novas por no mínimo duas semanas antes de admiti-las em sua área de cultivo e em sua coleção de orquídeas. Durante o período de isolamento, observe atentamente a nova aquisição em busca de sinais de qualquer praga ou doença que possa se espalhar para outras plantas.
Ao controle
Uma vez que a mancha botrytis ocorre, não há como removê-la – apenas prevenindo futuras ocorrências. Um fungicida como thifhanate methyl, iprodione, vinclozolin ou Physan pode ser aplicado conforme necessário para evitar novos surtos. Uma vez que a infecção afeta principalmente pétalas de flores, muitos produtores não recomendam o uso de fungicidas. Como com qualquer produto químico, use sempre em estrita conformidade com as instruções do fabricante.
